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Cid volta a dizer ao STF que Bolsonaro e militares discutiram minuta golpista

Cid volta a dizer ao STF que Bolsonaro e militares discutiram minuta golpista O tenente-coronel Mauro Cid confirmou em depoimento ao ministro Alexandre de Morae...

Cid volta a dizer ao STF que Bolsonaro e militares discutiram minuta golpista
Cid volta a dizer ao STF que Bolsonaro e militares discutiram minuta golpista (Foto: Reprodução)

Cid volta a dizer ao STF que Bolsonaro e militares discutiram minuta golpista O tenente-coronel Mauro Cid confirmou em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (14), que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-assessor Filipe Martins discutiram juntos a redação de uma minuta de decreto golpista. O documento previa medidas como a prisão de autoridades, entre elas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além da convocação de novas eleições. Segundo Cid, Martins levou o texto ao Palácio da Alvorada já com anotações e fez alterações conforme as sugestões de Bolsonaro, digitando as mudanças em seu próprio computador. O documento foi posteriormente apresentado a comandantes das Forças Armadas, em reunião na biblioteca do Alvorada, da qual Filipe Martins também participou. “O documento era composto de duas partes. Uma era os ‘considerandos’, outra era os artigos com determinações a serem tomadas. Os ‘considerandos’ eram sobre interferências do STF e TSE no processo eleitoral. O documento era composto de prisão de autoridades e decretação de novas eleições”, afirmou Cid. Durante o depoimento, Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que ele checasse se o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, havia se encontrado com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) em São Paulo. Segundo Cid, a informação havia chegado a Bolsonaro por terceiros, e o ex-presidente determinou que ela fosse verificada. Cid buscou dados sobre a viagem de Moraes com Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro. Eles se referiam a Moraes pelo codinome "professora". Sacola com dinheiro Cid foi perguntado sobre os valores para as operações golpistas — especificamente o de R$ 100 mil, que já vinha sendo relatado em depoimentos. Cid afirmou que entregou valores, mas não confirmou que foram R$ 100 mil. Ele voltou a relatar que recebeu do general Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro, dinheiro numa sacola de vinho no estacionamento da residência oficial do Palácio da Alvorada. A entrega, segundo Cid, ocorreu no Palácio da Alvorada, possivelmente na garagem. . Disse que sabia que era dinheiro. Audiências no STF Nesta semana, o STF ouve testemunhas dos seguintes núcleos da trama golpista: o núcleo 2, do gerenciamento de ações, com 6 acusados; o núcleo 3, das ações coercitivas, com 10 acusados; o núcleo 4, das operações estratégicas de desinformação, com 7 acusados. O primeiro a ser ouvido pelo Supremo foi o ex-coordenador de inteligência da PRF, Adiel Pereira Alcântara. Em seu depoimento, Adiel reforçou o que já havia dito durante depoimento do núcleo crucial da trama golpista em maio. O servidor afirmou ter ouvido de superiores, a mando do ex-diretor-geral Silvinei Vasques, uma ordem para que a inteligência do órgão atuasse para reforçar abordagens de ônibus e vans durante as eleições de 2022. A orientação da chefia era que a PRF deveria "tomar um lado", por determinação do diretor-geral.